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Sanepar implanta solução baseada na natureza para tratar lodo de esgoto


A modernização e o uso de novas tecnologias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Santa Helena, no Oeste do Paraná, transformou a unidade em modelo a ser replicado em outras cidades. A antiga ETE, que utilizava lagoas para tratar o esgoto, ganhou um sistema de lodos ativados com Reatores Sequenciais em Bateladas (SBR, na sigla em inglês). Essa tecnologia de alta eficiência faz o tratamento biológico do esgoto com aeração prolongada, aumentando o volume de lodo gerado no processo, que pode ser utilizado na agricultura.


Para fazer o tratamento do lodo, a Sanepar converteu uma das antigas lagoas em canteiros que usam plantas, chamados de wetlands. No inglês, o termo wetlands pode ser traduzido para áreas úmidas, um habitat favorável a plantas aquáticas com capacidade de depuração de matéria orgânica e outros poluentes.


Na ETE de Santa Helena, são utilizadas espécies nativas, como taboa, papiro brasileiro e junco, escolhidas para garantir maior biodiversidade. Essas plantas auxiliam no processo de mineralização do lodo, transformando-o em um material com propriedades semelhantes às do solo.


São 12 wetlands com 1,80 metro de profundidade e 4.334 metros quadrados de área total. O fundo dos leitos foi impermeabilizado e possui um sistema diferenciado de drenagem, que permite que o líquido percolado seja coletado e retorne ao início do processo de tratamento de esgoto. O sistema foi dimensionado para receber 260 toneladas de lodo por ano, por um período de 10 anos.


O novo sistema, em operação há mais de três anos, vem apresentando resultados tão favoráveis que está servindo de referência para novos projetos. Um exemplo é uma cooperação com a Itaipu Binacional e o Parque Tecnológico Itaipu para a implementação de sistemas sustentáveis de esgotamento sanitário na região Oeste.


“Ao adotarmos soluções baseadas na natureza, visamos o aprimoramento de nossos processos a partir de bases sustentáveis, aderindo a uma agenda internacional voltada à economia de baixo impacto e a geração de valor para a sociedade”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.


Em Santa Helena, a Estação de Tratamento de Esgoto é uma das mais inovadoras do Paraná. O sistema tem dois tanques de aço vitrificado com tecnologia SBR e operação alterada. A capacidade média de tratamento é de 30 litros por segundo, com eficiência de remoção de carga orgânica superior a 98%. Todo o processo é automatizado, o que permite que a operação seja remota. A cidade tem, atualmente, índice de 82% de coleta de esgoto e 100% de tratamento desse material.


Você gostou dessa alternativa e gostaria de saber se pode adotá-la na ETE da sua empresa? Entre em contato com a Wetlands Construídos, empresa especializada nesta tecnologia de tratamento. Os wetlands podem tratar esgoto sanitário, lodo, e efluentes industriais.


Fonte da matéria: https://bit.ly/3XA5KkO

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