Processos físico-químicos para remoção de nitrogênio amoniacal (NH3) de efluentes
Neste post vamos abordar apenas processos físico-químicos para remoção de nitrogênio amoniacal (NH3) de efluentes. Não serão abordados os processos biológicos, como nitrificação e desnitrificação, por exemplo.
A remoção de nitrogênio amoniacal de um efluente pode ser feita por cloração ao “breakpoint” através da adição de cloro ao efluente visando oxidar o nitrogênio amoniacal a nitrogênio gasoso e outros compostos estáveis. A reação se processa melhor em pH entre 6 e 7 nas proporções entre 8:1 à 10:1.
Entretanto, este processo tende a formar compostos organoclorados e aumentar a salinidade devido à necessidade de neutralizar com soda o ácido clorídrico formado na reação. Para minimizar a formação de organoclorados é necessário declorar o efluente.
Outra forma de remoção de nitrogênio amoniacal de efluentes é por “air stripping” de forma a causar a volatilização de amônia gasosa. Essa remoção é conseguida em pH 10,5 e 11,5 por adição de um alcalinizante, usualmente cal. Esse método tem como desvantagem a possibilidade de causar poluição ao ar.
Este método é utilizado em coquerias. Neste caso, em altas concentrações no licor amoniacal a amônia fixa e livre (nitrogênio amoniacal) pode ser reduzida através de “stripping” (arraste) em uma coluna de destilação de bandejas.
A maioria dos gases ácidos, junto com a amônia livre é removida pelo vapor injetado na base da coluna em contra corrente com o licor amoniacal que entra pela parte superior da coluna. Nas colunas, a amônia fixa é liberada pela soda cáustica injetada em uma bandeja intermediária e removida eficientemente juntamente com a amônia livre restante.
Nestas condições, os teores de amônia são reduzidos de uma concentração de cerca de 500 mg/L para uma faixa variando de 50-75 mg/L. Ocorre também a diminuição da concentração dos compostos voláteis (H2S e HCN) e a maior quantidade possível de compostos fenólicos presentes.
Fonte: Manual de Tratamento de Efluentes Industriais, José Eduardo W. de A. Cavalcanti, 3ª edição ampliada.
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