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Processo que utiliza microalgas transforma resíduos em biomassa para vários usos

Uma tecnologia desenvolvida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), que acaba de ter patente registrada, pode transformar resíduos industriais e esgoto em biomassa para utilização no agronegócio, na produção de tintas e plástico biodegradável, entre outros. A novidade do processo é a aclimatação da microalga spirulina platensis, que passou a ter capacidade de se adaptar a concentrações crescentes de nitrogênio amoniacal.


Sob orientação da professora do Instituto de Química da Uerj Mônica Calderari e da química do Instituto Nacional de Tecnologia Claudia Teixeira, a doutora em Química Ambiental (Uerj e INT) Camylle Scheliga espera aprimorar a tecnologia para ser utilizada em larga escala. Ela explica que o estudo é importante para evitar a eutrofização dos corpos d’água, processo decorrente da acumulação excessiva de matéria orgânica provinda dos esgotos, que promove a proliferação de plantas aquáticas (como gigogas) e a consequente diminuição do oxigênio, aumento do nitrogênio amoniacal, mau cheiro, e aspecto turvo à água. Camylle está preocupada com o futuro do planeta, com as mais de 700 zonas mortas em ambientes aquáticos existentes no mundo, nas quais grandes extensões de água com pouco ou nenhum oxigênio impedem a sobrevivência dos organismos.


Os métodos tradicionais de tratamento de efluentes geralmente utilizam compostos químicos, segundo a pesquisadora, bastante poluentes. Os processos biológicos que se valem de microrganismos, geralmente são lentos e bastante complexos, pois transformam o nitrogênio amoniacal em outras formas de nitrogênio, não garantindo qualidade na biomassa resultante, que acaba por não possuir valor comercial. “Além disso, demoram de 30 a 200 dias para serem concluídos, enquanto o processo com microalgas é feito em oito dias”, esclarece Camylle.


A microalga é capaz de se multiplicar rapidamente em meio líquido, liberando oxigênio a partir da fotossíntese e produzindo biomassa. A professora Monica Calderari, orientadora do estudo, explica que o principal entrave ao processo era descobrir como impedir que o nitrogênio amoniacal não afetasse a capacidade da microalga de realizar a fotossíntese, o que pode dizimá-las. Foi Camylle que sugeriu as experiências com glicerol bruto, um subproduto da agroindústria de biodiesel que também necessita de destinação correta. Além de ter baixo custo, o glicerol ativa as vias alternativas da microalga, que passa a depender menos da fotossíntese para sobreviver. Dessa forma, a tecnologia se vale de outra fonte orgânica e ainda contribui para resolver o problema de descarte decorrente da produção de biodiesel.


Leia matéria completa em: https://www.faperj.br/?id=356.7.8


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