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PFAS e PFOAS na água: subprodutos tóxicos da fabricação de TEFLON

O Teflon, nome comercial conhecido da substância chamada politetrafluoretileno (PTFE), é um componente usado em quase todas as áreas industriais. Após sua síntese por acidente nos EUA dos anos 40, em plena segunda guerra mundial, aquele elemento inerte que não reagia a nada, não fundia nem se decompunha, era o único composto capaz de conter e isolar os produtos corrosivos necessários aos processos de enriquecimento de plutônio e o elemento ideal para depósitos de combustível das aeronaves. 


A partir daí, seu uso se popularizou e hoje encontramos desde automóveis a roupas e panelas antiaderentes. Ele é muito utilizado no nosso meio por exemplo em cabeçotes de bombas dosadoras, juntas e anéis de vedação ou até mesmo na popular fita branca usada nas roscas em tubulações hidráulicas. Ou seja, o teflon é muito versátil e sua substituição por outro componente ainda é difícil em várias situações.


Esta tamanha resistência à decomposição também é o que o torna um problema ambiental. Na sua fabricação, são gerados como subprodutos alguns agentes que, se não tratados, são uma das principais classes de contaminantes emergentes: as perfluoralquiladas (PFAS) e polifluoralquiladas (PFOAS). 


Estas são uma ampla família de substâncias químicas sintéticas que contêm ligações carbono-flúor, que são algumas das ligações químicas mais fortes na química orgânica. Com frequência, as PFAS contaminam as águas subterrâneas, superficiais e o solo.


Seus riscos para a saúde humana vêm sendo constatados em estudos realizados há mais de 60 anos. Entre eles, estão impactos sobre o hormônio da tireoide, aumento do colesterol, problemas do fígado, além de estarem relacionadas à maior incidência de alguns tipos de  câncer. 


O Brasil ainda não possui uma legislação própria para regular ou controlar a utilização desses componentes. Por exemplo, a portaria GM/MS Nº 888/2021, que aborda os limites de diversas substâncias para potabilidade da água não menciona os PFAS. 


No entanto, há propostas como o Projeto de Lei (PL) nº 2726/2023 que está em tramitação na Câmara dos Deputados e visa instituir a política nacional de controle dos PFAS. Ele busca regulamentar a presença dessas substâncias no meio ambiente, estabelecendo diretrizes para controle, redução e monitoramento. 


Quanto ao tratamento dessas substâncias presentes na água ou efluentes, as tecnologias que se mostram com maior capacidade de retenção são a adsorção com o carvão ativado que parece ser mais eficiente na remoção de PFAS com cadeias poliméricas maiores.


Já a nanofiltração e a osmose reversa possuem uma boa capacidade de remoção de PFAS, independente dos tamanhos de cadeia polimérica, apresentando mais de 90% de remoção em alguns estudos. 


A B&F Dias, que nos ajuda a trazer estes conteúdos, possui em seu portfólio unidades de tratamento de água ou reúso que utilizam tanto filtros de carvão ativado como nanofiltração e osmose reversa, para aluguel e venda.


Saiba mais em: bfdias.com.br



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