O conto da fábrica de pasta de dentes
Neste post vamos compartilhar um conto que traz uma situação provavelmente já vivenciada por quem trabalha em uma ETA, ETE ou numa linha de produção.
Era uma vez uma fábrica de pasta de dentes que começou a apresentar um problema. Às vezes, eles enviavam caixas vazias, sem o tubo de pasta no seu interior.
Esta situação vinha danificando a qualidade percebida com os compradores e distribuidores. Compreendendo a importância deste tema, o dono da empresa reuniu seu pessoal de ponta.
Eles decidiram contratar uma empresa de engenharia externa para resolver o problema das caixas vazias. O projeto seguiu normalmente: orçamento aprovado, avaliação das propostas, e a empresa de engenharia selecionada.
Seis meses (e alguns milhões) depois, eles tinham uma solução fantástica - dentro do prazo, do orçamento e de alta qualidade. Todos no projeto ficaram satisfeitos. Eles resolveram o problema usando uma balança de precisão de alta tecnologia que soaria uma campainha e acenderia luzes piscantes sempre que uma caixa de pasta de dente pesasse menos do que deveria.
A linha parava, alguém se aproximava, retirava a caixa defeituosa e apertava outro botão para reiniciar a linha. Como resultado do novo processo de monitoramento de embalagens, nenhuma caixa vazia saiu da fábrica mais. Sem mais reclamações de clientes, o dono da empresa sentiu que os milhões foram muito bem gastos.
Ele então revisou o relatório de estatísticas da linha e descobriu que o número de caixas vazias coletadas pela balança na primeira semana era consistente com as projeções. No entanto, nas seguintes semanas foram zero!
A taxa estimada deveria ser de pelo menos uma dúzia de caixas por dia. Ele fez com que os engenheiros verificassem o equipamento e o relatório. Após checarem, tudo estava OK, tanto o relatório quanto a balança.
Intrigado, o dono foi até a fábrica, viu a parte da linha onde a balança de precisão foi instalada e observou. Logo à frente da solução de milhões, um ventilador de mesa de R$ 100,00 soprando as caixas vazias da esteira para uma caixa colocada ao lado.
Ele perguntou ao supervisor de linha do que se tratava. O supervisor então lhe comentou:
"Ah, isso", respondeu o supervisor, "Pedrinho, o garoto da manutenção, colocou lá porque estava cansado de passar e resetar a linha toda vez que o sinal tocava!"
E aí, você trabalha em um ambiente que aceita as propostas de melhorias nos processos?
Adaptado de Dr. Joerg Storm
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