Matéria Orgânica no Esgoto
Atualizado: 6 de nov. de 2020
A matéria orgânica presente nos esgotos é a causadora do principal problema de poluição para os corpos d’água: a diminuição da concentração de oxigênio dissolvido, o OD. Isso acontece porque os microrganismos utilizam o oxigênio nos seus processos metabólicos de utilização e estabilização da matéria orgânica.
A matéria orgânica nos esgotos geralmente é composta principalmente por proteínas (cerca de 40 a 60%), carboidratos (cerca de 25 a 50%), gordura e óleos (cerca de 8 a 12%) e outros em menor quantidade, como ureia e surfactantes por exemplo.
A matéria orgânica carbonácea, ou seja, baseada no carbono orgânico, se divide quanto a sua biodegradabilidade, podendo ser biodegradável ou inerte, ou quanto à forma e tamanho, que pode ser suspensa (correspondente à matéria orgânica particulada), ou dissolvida (correspondente à matéria orgânica solúvel).
Em termos práticos, usualmente não há necessidade de se caracterizar a matéria orgânica em termos de proteínas, carboidratos, gorduras, etc. Além disso, há uma grande dificuldade na determinação laboratorial dos diversos componentes da matéria orgânica nas águas residuárias, devido à multiplicidade de formas e compostos em que ela pode se apresentar.
Neste sentido, podem ser adotados métodos diretos ou indiretos para a determinação da matéria orgânica. Os métodos indiretos, que atualmente são os mais utilizados, medem o consumo do oxigênio na oxidação da matéria orgânica, como por exemplo, a DBO e a DQO. Já os métodos diretos medem o carbono orgânico, como o COT.
Referência bibliográfica:
VON SPERLING, Marcos. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos (Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias; vol. 1). 4ª edição. Belo Horizonte: Editora UFMG, 472p. 2014. Esta aula faz parte do Curso Básico de Tratamento de Esgoto Sanitário, que será lançado em breve pela Água e Efluentes. Siga o nosso canal e acompanhe nossos conteúdos e novidades sobre o tratamento de água e efluentes no saneamento e na indústria. Siga a Água e Efluentes também nas redes sociais:
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