Lodos Ativados Convencional e Aeração Prolongada: Entenda as principais diferenças entre os processos
Existem diversas variantes do processo de lodos ativados. Neste post vamos abordar duas delas, que diferem principalmente em relação à idade do lodo. Para simplificar o entendimento, vamos explicar aqui as diferenças nos sistemas de fluxo contínuo, porém esta divisão se aplica também nos sistemas em batelada.
LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL
- O sistema convencional busca economizar energia para a aeração e reduzir o volume do reator biológico (tanque de aeração), removendo parte da matéria orgânica (em suspensão, sedimentável) do efluente antes do tanque de aeração, por meio do tratamento primário.
- A idade do lodo varia entre 4 a 10 dias, enquanto o tempo de detenção hidráulica no reator é de 6 a 8 horas.
- O lodo excedente contém alto teor de matéria orgânica e necessita de estabilização, assim como o lodo primário, que ocorre geralmente em digestores anaeróbios, possibilitando o aproveitamento do biogás gerado.
- Antes da estabilização, o lodo passa por uma etapa de adensamento, reduzindo a umidade e o volume a ser tratado.
AERAÇÃO PROLONGADA
- Nesse sistema, a biomassa (lodo biológico) permanece por mais tempo (18 a 30 dias) e em maior quantidade, exigindo um reator aeróbio de maior volume, com tempo de detenção do líquido entre 16 e 24 horas. Como consequência, há menor disponibilidade de alimento para as bactérias e menos matéria orgânica por unidade de volume e de biomassa do reator, apesar da mesma carga de DBO do efluente bruto.
- Para sobreviver, as bactérias utilizam a matéria orgânica celular em seus processos metabólicos, convertendo-a em gás carbônico e água através da respiração, estabilizando a biomassa dentro do próprio tanque de aeração (ambiente aeróbio), eliminando a necessidade de um sistema separado para estabilizar o lodo (digestores).
- Como não há necessidade de estabilizar o lodo biológico excedente, evita-se a formação de lodo primário, eliminando a necessidade do tratamento primário e simplificando o fluxograma do processo.
- O consumo de oxigênio para estabilização do lodo (respiração endógena) é significativo, podendo ser maior que o necessário para metabolizar a matéria orgânica do efluente (respiração exógena).
- Apesar do maior gasto energético com aeração, a aeração prolongada é a variante mais eficiente na remoção de DBO, pois a baixa disponibilidade de alimento resulta em sua assimilação quase total.
É importante destacar que a eficiência de ambas variantes depende diretamente do desempenho do decantador secundário, pois qualquer perda de sólidos no efluente final compromete a qualidade do tratamento, independentemente do bom funcionamento do tanque de aeração.
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